domingo, 7 de agosto de 2011

10 de agosto: o dia de um grande DIAS!

AINDA UMA VEZ – UM MERECIDO TRIBUTO


Por Carvalho Junior*


Há muito para se falar de Gonçalves Dias. Mas serei breve nos meus comentários sobre esse homem incrível que levou o nome da terra das palmeiras, dos sabiás e poetas para o mundo. Acredito eu ter sido Gonçalves Dias o “muso inspirador” do provérbio que diz “tamanho não é documento”. Um homem de pequena estatura, mas um homem “desta altura” quando vamos falar da qualidade literária da sua obra.

Foi pioneiro na questão de colocar o índio como representante simbólico do brasileiro primitivo. Os seus cantos, desde os primeiros até os últimos, são de uma competência indiscutível. Contudo, é importante ressaltar que não podemos resumir a obra gonçalvina à poesia nem muito menos ao seu célebre e celebrado poema “Canção do Exílio”, que é sim um poema excepcional em que Gonçalves alcança uma comunicabilidade incrivelmente mágica.

A “Canção do Exílio” é aquele poema que você lê e se identifica tanto que o queria ter escrito, por isso é o poema mais parodiado e parafraseado do mundo, tanto que no hino nacional brasileiro aparecem transcritos versos dessa composição poemática. E é aí que o poeta se realiza porque a sua obra passa a ser de todos, logo uma obra viva.

Sabemos nós (deveríamos saber) que Gonçalves produziu algumas peças teatrais. Deixou-nos, ainda, alguns fragmentos de romances, artigos e ensaios, e como um pesquisador que foi, legou-nos um “dicionário da língua tupi”. É óbvio, porém, que o seu grande destaque foi mesmo alcançado pela qualidade dos seus cantos poéticos.

Sei que esse momento agora deve estar trazendo o nosso poeta lá do fundo do mar para receber a sua merecida homenagem e ver que outros poetas estão nascendo nessa terra “que qualquer um fora dela é um exilado”.

O recado que queria deixar (serve para nós alunos, nós professores, nós todos) não resumirmos Gonçalves. O nosso Dias que tanto abrilhanta os nossos dias com a sua literatura.

E para finalizar tenho um recado para as “Anas Amélias” da vida: “Não maltratem os poetas!”. Pois como diz um outro amante da poesia nascido em terras gaúchas: “Maltratar um poeta é indício de mau-caráter”.



* Resumo do discurso de abertura da Feira Cultural da Escola Costa e Silva, em homenagem ao expoente da poesia romântica G. Dias, proferido pelo Prof. de Línguas Francisco de Assis CARVALHO JUNIOR .

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